sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Domingo passado foi um dia tão lindo que nem meus sonhos mais idealizados poderiam superá-lo. E tudo por um motivo muito simples: a soma de um lugar perfeito e pessoas que passaram a fazer sentido pra mim.
Eu sempre fui apaixonada pela idéia de pôr uma mochila nas costas, sair fazendo trilha pelo meio do mato e praticar algum esporte realmente desafiador ao ar livre. Só que eu não podia imaginar que isso fosse acontecer tão rápido e tão de repente. Nem num dia de domingo, que é sempre tão inerte e sem graça.
O fato é que lá estava eu, de mochila nas costas, rodeada de verde por todos os lados e na beira de uma cachoeira, ouvindo aquele barulhino bom dos fios de água despencando sobre as pedras. Eu e minhas amigas começamos a subir o monte, nos agarrando em pedras e galhos e nos espreitando por entre as plantações. Ao chegar no topo, olhávamos para baixo e podíamos ver todo aquele abismo maravilhoso de água e pedras.
Mas a melhor parte viria depois. Um oficial do exército, especialista nesse tipo de coisa, me prendeu pela cintura e pelas pernas e me ensinou a segurar na corda. Quando dei por mim, estava realizando o sonho da minha vida: fazendo rapel numa cachoeira!
Soltava a corda aos poucos e tentava pisar firme sobre as pedras cheias de lodo. Era tudo um misto de insegurança e sensação de liberdade extrema. Meus pés foram se libertando aos poucos e a felicidade assumiu todoas as suas formas. O cara, descendo ao meu lado, perguntou: "com ou sem emoção?". E foi aí que eu virei de cabeça pra baixo, soltei ambos os braços e apenas senti meu corpo completamente solto, sendo atingido por aquela queda de água maravilhosa.
Resumindo: meu Nirvana.